A dependência química é uma condição complexa, marcada pelo uso compulsivo de substâncias psicoativas, apesar de suas consequências negativas. Entre as etapas centrais do tratamento, destacam-se a desintoxicação e o manejo da síndrome de abstinência, fases críticas que exigem acompanhamento especializado.

O que é Desintoxicação?

A desintoxicação consiste no processo inicial de retirada da substância do organismo, permitindo que funções fisiológicas voltem gradualmente ao equilíbrio.

• Objetivo principal: estabilizar o paciente e preparar para o tratamento contínuo.
• Etapas: avaliação clínica, estabilização médica e transição para a reabilitação.

Síndrome de Abstinência

A abstinência ocorre quando o organismo, habituado à presença da droga, sofre uma resposta fisiológica e psicológica à sua ausência. Os sintomas variam conforme a substância utilizada.

• Álcool: tremores, convulsões, delirium tremens.
• Opiáceos: dores musculares, náuseas, insônia.
• Estimulantes: fadiga, depressão, anedonia.
• Nicotina: irritabilidade, aumento de apetite.
• Benzodiazepínicos: risco de convulsões e ansiedade intensa.

Manejo Clínico da Abstinência

O tratamento da abstinência exige supervisão médica. Estratégias incluem:

• Uso de medicamentos específicos para reduzir sintomas.
• Monitoramento de sinais vitais e cuidados nutricionais.
• Apoio psicológico e suporte motivacional.
• Atuação de equipe multidisciplinar.

Importância Psicossocial

Após a fase aguda, surgem sintomas de abstinência prolongada, como ansiedade, depressão e craving. O suporte psicossocial inclui:

• Terapia cognitivo-comportamental.
• Grupos de apoio (NA, AA).
• Intervenções familiares.
• Projetos de reinserção social.

Conclusão

A desintoxicação e a abstinência são etapas essenciais, mas representam apenas o início do tratamento da dependência química. A integração entre suporte médico, psicológico e social é fundamental para a recuperação e para reduzir o risco de recaídas.